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Desabotoar meus sentimentos.
30 de março de 2012 | 19:20 | Link do post | 1 comments


Eu soube que estava apaixonada quando eu percebi que só de lembrar dele eu perco o sono e sinto uma urgência de tá perto, sem tempo pra esperar como quem se contenta com um amor mal-feito mesmo, como se o que eu sinto por ele me agarra pela traqueia e me deixa sem ar.
As vezes acho que meus sinais de nascença se ligam com as cicatrizes que tenho e formam o nome dele na minha pele, como que querendo bordar de forma menos dolorosa que uma tatuagem o registro de quem consegue desabotoar meus sentimentos e me deixar mansa e desajuizada. Porque às vezes minhas pernas tremem e eu sinto uma fraqueza querendo que ele cuide de mim, e se for da mesma forma como ele cuida dos seus bonsais quase-mortos, eu não me importo, porque sem ele meu corpo inteiro dói e meu coração arde em febre.
Eu me apaixonei direto e sem escalas pelo castanho dos seus olhos e pelo seu jeito de nunca me declamar poemas, mas desata-los dentro de mim.  E toda vez que eu o vejo, meu cérebro me avisa de um encontro amoroso, que às vezes minha falta de atenção ou meus cabelos mal cortados atrapalham, e parece que eu quero assusta-lo com minha descortesia, mas na verdade eu quero exagerar o tamanho da Lua e dizer que meu amor por ele é do tamanho dela, quero gastar meus sins preciosos pra cada proposta boba que ele fizer e quando estiver frio quero que ele me dê seu casaco tamanho 'M' em troca da minha boca quente.

Rosely Lúcio
A paisagem onde eu sobrevoo
12 de março de 2012 | 19:33 | Link do post | 1 comments


Tem gente que me faz pegar o lápis, e não sei se pinto os olhos ou se escrevo, mas tem gente que vale tanto que o dicionário não dá conta.
Eu andei pensando que amizade é uma palavra que não comporta todo meu sentimento, é por isso que gente bonita entra na minha vida, porque eu só preciso de ajuda pra sentir, pra dividir e deixar tudo na medida certa. As vezes meu coração cria uma vontade imensa de enfiar aquela pessoa que eu gosto dentro da gaveta arrumada, com cheiro de primavera, e sempre que eu quisesse saber dela bastava abrir o guarda-roupa, talvez essa vontade nasça porque nunca me conformo com essas idas constantes de quem me cativa, porque nunca me conformo com a impossibilidade de dar sempre que eu quiser um abraço forte e demorado, mas é que não é justo não ter sempre junto quem consegue transformar dias ensopados pela chuva em um nascer-do-sol na praia, é que tem pessoas que eu quero não só quando a vida tá doce, essas pessoas que são peritas em fazer falta, e que não sabem que são a paisagem onde eu sobrevoo, que elas encopridam minhas alegrias, que a saudade me visita hoje e vai me revisitar amanhã, e que é sempre assim nos dias que estou(estão) longe.

Rosely Lúcio

Nota de rodapé: Feito especialmente pra um cara que me inspira a acreditar em novas amizades,  Avner.

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