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As flores não querem murchar
Você não tem com o que se preocupar, eu estou aqui, inteira e sua, como desde antes de te conhecer eu já era, e te esperava, e me preparava pra você, talvez os meus olhos pareçam meio ausentes mas é tão claro que meu amor fica guardado enquanto estou longe pra explodir e transbordar quando eu te vejo, você não precisa rezar pra Deus me trazer de volta porque eu nunca fuji, nunca sai, não me mudei, não fui nem até a esquina, sou tão nós-dois como sempre fui, ou até mais.
Meu amor, perceba, se for preciso eu caso com você agora, conheço seus pais e suas avós, seus amigos e seus defeitos, coloco todos eles numa maleta, te ponho nas costas e vou pra Seattle, se você pedir pra eu assinar meu nome com seu sobrenome eu assino, com você eu divido a existência, a eternidade, o apartamento, as dividas e o sorvete, se você quiser, digo no teu ouvido, mansinho, que te querer pode ser um erro mas que é a coisa mais deliciosa que meu coração e meu corpo já sentiu, que meu olhar virou verdade, que as pessoas ficaram mais bacanas e que as flores não querem murchar desde que você disse que me amava e você vai poder perceber isso quando me ver sorrindo mais do que meu rosto aguenta, quero que você seja meu joão-de-barro, meu pinguim, meu lobo cinzento, meu castor, quero que você seja meu pra vida toda, quero te fazer mais feliz do que nunca e te ver morrendo de tanto rir, quero te consolar se estiver triste, e dizer que não precisa ter vergonha das olheiras por chorar muito, quero que me abrace, me morda, me esmurre, me belisque, me lamba, me empurre, me beije, me renda, me borde, me teça, me costure e me emende a você, perceba que a minha maior vontade é de te pegar pra mim e levar junto metade da felicidade do mundo, eu amo você, por mim tudo bem juntar dinheiro, te levar pra viajar e te jogar no sofá, pode ser agora, pode ser pra sempre.
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Numa xícara de chá
Meu nome todo é Rosely Lúcio da Silva, sempre fui uma apaixonada e por coincidência nasci no dia dos namorados, numa madrugada de sexta-feira. Tenho pouca idade e um amor de mais de dois anos, sou boba, inteira e sempre transborda pelos meus poros toda doçura que meu coração guarda. Me interesso por fotografia, química, literatura, chocolate, sorrisos, e principalmente, me interesso pelo lado de dentro, pelo que as pessoas têm na alma. Gosto de ler esses escritores contemporâneos, muitos deles me inspiram, mas na realidade prefiro os mais velhos, os que só existem nos textos e nos livros, Cecilia Meireles, por exemplo, é minha preferencia, acima de qualquer outra. Adoro a musica popular brasileira, gosto dessa geração da nova MPB, mas a Bossa Nova me deixa inebriada. Gosto de tranquilidade, de verde, do som dos pássaros soltos, de jardins, de cartas perfumadas, das flores de abril, dos idosos contando a mesma história pela 37ª vez e das idosas preparando a comida e ensinando os mais novos a tricotar, gosto do sorriso nos olhos dos jovens apaixonados, dos que ainda estão no primeiro amor, gosto de como as crianças ficam contentes com qualquer objeto chacoalhado na sua frente, gosto de gente que fica, que se compromete e não vai embora, gente de palavra que cumpre o que diz a qualquer custo, gosto de calor na praia e frio quando tenho alguém pra me aconchegar, nem sempre consigo ser clara, me fazer entender, nem mesmo nos meus textos, na realidade, eu mesma não sou fácil de ser lida, mas com um pouco de prática dá pra tirar de letra, gosto de sorrir a beça e dizem que tenho voz de criança, sou convicta quando discuto com alguém, mas sou tão boba que é quase impossível eu ficar chateada por muito tempo, sou ora doce, ora salgada, já me definiram como agridoce e acho que não tem palavra que me defina melhor, sou sociável, apaixonada, sorridente, inquieta e fã de pão de queijo quentinho.
As flores não querem murchar
Você não tem com o que se preocupar, eu estou aqui, inteira e sua, como desde antes de te conhecer eu já era, e te esperava, e me preparava pra você, talvez os meus olhos pareçam meio ausentes mas é tão claro que meu amor fica guardado enquanto estou longe pra explodir e transbordar quando eu te vejo, você não precisa rezar pra Deus me trazer de volta porque eu nunca fuji, nunca sai, não me mudei, não fui nem até a esquina, sou tão nós-dois como sempre fui, ou até mais.
Meu amor, perceba, se for preciso eu caso com você agora, conheço seus pais e suas avós, seus amigos e seus defeitos, coloco todos eles numa maleta, te ponho nas costas e vou pra Seattle, se você pedir pra eu assinar meu nome com seu sobrenome eu assino, com você eu divido a existência, a eternidade, o apartamento, as dividas e o sorvete, se você quiser, digo no teu ouvido, mansinho, que te querer pode ser um erro mas que é a coisa mais deliciosa que meu coração e meu corpo já sentiu, que meu olhar virou verdade, que as pessoas ficaram mais bacanas e que as flores não querem murchar desde que você disse que me amava e você vai poder perceber isso quando me ver sorrindo mais do que meu rosto aguenta, quero que você seja meu joão-de-barro, meu pinguim, meu lobo cinzento, meu castor, quero que você seja meu pra vida toda, quero te fazer mais feliz do que nunca e te ver morrendo de tanto rir, quero te consolar se estiver triste, e dizer que não precisa ter vergonha das olheiras por chorar muito, quero que me abrace, me morda, me esmurre, me belisque, me lamba, me empurre, me beije, me renda, me borde, me teça, me costure e me emende a você, perceba que a minha maior vontade é de te pegar pra mim e levar junto metade da felicidade do mundo, eu amo você, por mim tudo bem juntar dinheiro, te levar pra viajar e te jogar no sofá, pode ser agora, pode ser pra sempre.
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